A adesão dos médicos do Samu Metropolitano à greve geral da categoria acarreta um déficit de 50% no atendimento prestado à população durante o período de carnaval. Com uma média de 80 atendimentos pertinentes por dia, a estimativa é de um incremento de 20% para os dias de alegria momesca. Em 2009, a maioria dos chamados ao serviço de atendimento móvel de urgência partiram de acidentes nas rodovias intermunicipais e federais e nas praias de Parnamirim e Nísia Floresta - Pirangi, Búzios, Barreta - que concentram grandes eventos, além de Extremoz e São Gonçalo, com tradição em carnaval.
O coordenador médico do Samu Metropolitano, Jailson Martins Vale explica que apenas os chamados de maior gravidade terão resposta, como casos de infarto, acidentes de trânsito, vítimas de arma de fogo ou branca ou em situação de risco iminente de morte. O transporte intra-hospitalar será restrito aos chamados casos "severos", que precisam de atendimento pré-hospitalar de pacientes de UTI para outras unidades, casos de traumas e hemorragias. Para os demais, divididos em pequena e moderada gravidade, que representam procedimentos eletivos de exames, a transferência entre hospitais deverá procurar outros meios de transporte, por meio dos telefones de 193 do Corpo de Bombeiros ou 190 da Polícia Militar. Com a redução para dois plantonistas, apenas uma das duas ambulâncias avançadas, com sistema de unidade de terapia intensiva (UTI) irá circular, devido a necessidade de manter um regulador no tele-atendimento. No entanto, o coordenador médico garante que outros dois profissionais ficarão de "sobreaviso" na base do Samu, em Macaíba. "Se houver situação que justifique, como um desastre com múltiplas vítimas, estes profissionais entram em campo", garante.
Além da reivindicação salarial, no Samu Metropolitano a paralisação se agrava com a suspensão do trabalho de sete – do total de 21 médicos - que foram contratados temporariamente em caráter emergencial, em setembro passado, após a interdição ética decretada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremern), com o fim dos contratos temporários em 29 de agosto, conforme publicado na edição de 5 de setembro da TRIBUNA DO NORTE.
À época, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) publicou edital para a seleção simplificada de 21 médicos, para a prestação de serviços temporária, além do pedido de prorrogação dos contratos vencidos e a vencer, ao Ministério Público Estadual.
Os sete reguladores começaram a trabalhar em outubro e somente em janeiro receberam os salários referente a outubro, novembro e dezembro, sendo os dois últimos meses sem as gratificações. De acordo com a médica reguladora Júlia Ferreira Lopes, os médicos trabalham desde a posse sem matrícula junto a Secretaria Estadual de Saúde, ou seja, "sem vínculo". "Não há previsão de quando a situação será regularizada, estamos aguardando uma decisão judicial. Enquanto isso, o atendimento será suspenso e a escala de greve será feito pelos outros colegas", disse Júlia Lopes.
O secretário-adjunto João Albérico enfatiza que não será admitida omissão de socorro à população, devido a greve. "Se houver prejuízo a população, os médicos da escala, mesmo de sobreaviso, serão responsáveis pelo que acontecer", frisa.
O Samu Metropolitano é responsável pelo atendimento em Natal, Ceará-Mirim, Parnamirim, Macaíba, Nísia Floresta, Extremoz, São Gonçalo do Amarante e São José de Mipibu.
Rodrigo Sena
O Samu Metropolitano reduz hoje o número de atendimentos
A partir de hoje, a escala, antes composta por quatro plantonistas que se revezam no socorro nas ambulâncias e a regulação, será mantida com apenas dois. A decisão foi tomada durante assembleia geral dos médicos, realizada na noite da quinta-feira (11), na sede do Sinmed. 
O coordenador médico do Samu Metropolitano, Jailson Martins Vale explica que apenas os chamados de maior gravidade terão resposta, como casos de infarto, acidentes de trânsito, vítimas de arma de fogo ou branca ou em situação de risco iminente de morte. O transporte intra-hospitalar será restrito aos chamados casos "severos", que precisam de atendimento pré-hospitalar de pacientes de UTI para outras unidades, casos de traumas e hemorragias. Para os demais, divididos em pequena e moderada gravidade, que representam procedimentos eletivos de exames, a transferência entre hospitais deverá procurar outros meios de transporte, por meio dos telefones de 193 do Corpo de Bombeiros ou 190 da Polícia Militar. Com a redução para dois plantonistas, apenas uma das duas ambulâncias avançadas, com sistema de unidade de terapia intensiva (UTI) irá circular, devido a necessidade de manter um regulador no tele-atendimento. No entanto, o coordenador médico garante que outros dois profissionais ficarão de "sobreaviso" na base do Samu, em Macaíba. "Se houver situação que justifique, como um desastre com múltiplas vítimas, estes profissionais entram em campo", garante.
Além da reivindicação salarial, no Samu Metropolitano a paralisação se agrava com a suspensão do trabalho de sete – do total de 21 médicos - que foram contratados temporariamente em caráter emergencial, em setembro passado, após a interdição ética decretada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremern), com o fim dos contratos temporários em 29 de agosto, conforme publicado na edição de 5 de setembro da TRIBUNA DO NORTE.
À época, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) publicou edital para a seleção simplificada de 21 médicos, para a prestação de serviços temporária, além do pedido de prorrogação dos contratos vencidos e a vencer, ao Ministério Público Estadual.
Os sete reguladores começaram a trabalhar em outubro e somente em janeiro receberam os salários referente a outubro, novembro e dezembro, sendo os dois últimos meses sem as gratificações. De acordo com a médica reguladora Júlia Ferreira Lopes, os médicos trabalham desde a posse sem matrícula junto a Secretaria Estadual de Saúde, ou seja, "sem vínculo". "Não há previsão de quando a situação será regularizada, estamos aguardando uma decisão judicial. Enquanto isso, o atendimento será suspenso e a escala de greve será feito pelos outros colegas", disse Júlia Lopes.
O secretário-adjunto João Albérico enfatiza que não será admitida omissão de socorro à população, devido a greve. "Se houver prejuízo a população, os médicos da escala, mesmo de sobreaviso, serão responsáveis pelo que acontecer", frisa.
O Samu Metropolitano é responsável pelo atendimento em Natal, Ceará-Mirim, Parnamirim, Macaíba, Nísia Floresta, Extremoz, São Gonçalo do Amarante e São José de Mipibu.
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