Bolsa Atleta tem recurso cortado pela primeira vez



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O Governo Federal publicou com atraso a lista de beneficiados pelo Bolsa Pódio e, pela primeira desde que foi instituído, o programa sofreu cortes. Se em 2014 haviam sido 6.667 atletas contemplados nas modalidades olímpicas e paralímpicas, agora são apenas 6.093. Uma redução de 8,7% no número total de benefícios.

O corte está diretamente relacionado a uma maior rigidez do Ministério do Esporte com relação ao que é uma "modalidade olímpica". Até o ano passado, a pasta aceitou a indicação de atletas de modalidades como rafting e canoagem polo como sendo "olímpicas", por estarem sob a tutela da Confederação Brasileira de Canoagem.

Da mesma forma, premiou atletas de mais de 60 classes da vela, chegando a contemplar um senhor de 85 anos, proprietário de um barco para prática de vela oceânica. Neste ano, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) passou a indicar apenas campeonatos das classes que constam no programa dos Jogos Olímpicos e/ou Pan-americanos.

Parte desses atletas que deixaram de ser contemplados agora devem ser beneficiados no segundo edital do Bolsa Atleta, exclusivo para modalidades não-olímpicas ou paralímpicas. Neste edital, entretanto, não há concessão de bolsas pelos resultados em âmbito nacional, de base ou estudantil, apenas internacional. Na comparação com o ano passado, o número de atletas contemplados na categoria Olímpico/Paraolímpico (R$ 3.100 mensais) caiu de 247 para 236, o que se justifica pelo aumento no número de beneficiados pelo Bolsa Pódio - são 230, atualmente. Na categoria Internacional (R$ 1.850), os beneficiados passaram de 1.351 para 1.102. Na Nacional (R$ 925), de 4.467 para 4.160. Por outro lado, na categoria Estudantil (R$ 370), houve pequeno aumento, de 313 para 324, enquanto na Atleta de Base (R$ 370) passou de 289 para 271.